terça-feira, 17 de julho de 2018

A copa da diversidade

Assisti ao jogo Brasil-Bélgica nas quartas-de-final desta Copa do mundo. Um bom jogo, em que o Brasil poderia ter vencido. Mas perdeu. Ou melhor, a Bélgica é que ganhou.
Mas não quero lembrar do jogo em si, quero lembrar das palavras do Galvão Bueno após a derrota, talvez para compensar a própria frustração e a dos tele-expectadores. Galvão apresentou uma estatística sobre o número de jogadores brasileiros, atuando por outras seleções, que marcaram gols no certame: nada menos de sete brasileiros, três deles na seleção portuguesa.
Outras seleções também apresentaram times mesclados cultural e etnicamente, como a própria Bélgica e, principalmente, a França, que acabou por sagrar-se bicampeã.
No caso dos brasileiros, evidentemente, são jogadores com dupla nacionalidade, mas casos há em que "os de fora" são naturais do país que defenderam, filhos ou netos de imigrantes. É só reparar no plantel francês.
Chamo a atenção para o fato, no meu entender o mais emblemático desta copa, em virtude das recentes migrações de refugiados para a Europa, que causaram, e ainda causam, inúmeras manifestações de xenofobia.
Claro está que migrações deste tipo, em grande quantidade de pessoas e em curto espaço de tempo, sem possibilidade de qualquer planejamento prévio, hão de causar, sim, grandes transtornos e dificuldades de toda ordem, aos governos e aos habitantes locais. Nenhum país está preparado para isso.
Mas há que pensar num dos lemas da revolução francesa: fraternidade!
Somos todos homo sapiens, diversos na geografia e na cultura, e eventualmente na cor da pele e outras características físicas, mas somos todos, essencialmente, iguais (outro lema da revolução francesa).
Os muros caíram para que houvesse liberdade (viva a França!) de ir e vir a quem precisar, quiser e puder.
E, queridos, se no presente a diversidade pode ainda dividir, no futuro somará!    

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