quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mea culpa



No post anterior teci breves comentários  sobre as manifestações de rua em várias capitais contra o aumento de tarifas dos ônibus. Fiz um recorte pessoal e apressado das primeiras manifestações de acordo com a minha experiência passada de observador da cena política. E disse: Eu já vi esse filme.
Engano meu. Este filme é inédito.
Pude observar isto nas últimas manifestações do dia 18/06 (terça-feira).
Contra a minha crença, o movimento é apartidário, embora alguns partidos tentem pegar carona. É essencialmente constituído por jovens, que finalmente levantam suas vozes e se fazem ouvir. Aleluia! Eles são o futuro do país!
O aumento da tarifa dos ônibus foi o estopim, a senha, o destampe da panela de pressão onde ferviam e acumulavam pressão os descontentamentos do povo, mormente o de classe média, e que agora explodem, atingindo governantes, políticos e partidos.
Temo, porém, no desenrolar desse movimento pacífico, a atuação de grupos radicais e arruaceiros que podem provocar as forças de repressão. E nesse caso não tenho dúvidas de quem vai levar a pior.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Campanha eleitoral antecipada?


Andei lendo alguns artigos sobre as manifestações contra o aumento de tarifas nos ônibus do Rio e de São Paulo, entre outras capitais, e resolvi tecer breves comentários acerca de alguns aspectos que me chamaram a atenção. Imagens de policiais truculentos já não me seduzem.

Vejam a foto abaixo, da manifestação do Rio de Janeiro.


Que matemático teria calculado aquele percentual de 33%? Se o aumento das tarifas fosse esse, certamente já estaríamos em guerra civil. Se por 20 centavos já deu no que deu… E notem que o cartaz não foi feito de improviso, por algum manifestante apressado. Foi previamente planejado e impresso.

Para evitar que percam tempo calculando, o aumento de tarifa corresponde a 7,3% (arredondando), abaixo dos índices de inflação, portanto. Há seriedade nisso?

Reparem nos dizeres do outro cartaz: “Desculpem o transtorno. Estamos mudando o Brasil”.

Que pretensão! (talvez sincera, mas ingênua)

Não estão mudando o Brasil, estão repetindo procedimentos partidários velhos e desgastados. Não foi assim no “massacre de Pinheirinho – SP”? Esses Partidos minúsculos e radicais não têm dinheiro nem tempo na TV para fazerem campanha. Daí precisarem levantar bandeiras, chamando a atenção para si. E se for uma bandeira manchada de sangue, tanto melhor! Por isso mesmo essas manifestações sempre acabam em confronto. Eu já vi esse filme.



Mocinha, me desculpe, mas se quer mudar o país, saia às ruas reivindicando educação de qualidade e gratuita para o povo. Só a educação mudará o país. E me convide. Pela Educação, pela Democracia e liberdade de expressão, sairei às ruas, ombro a ombro com os jovens, apesar da minha idade.